Covid-19: médicos londrinenses empreendendo para as soluções do agora

O desafio para desenvolver um ventilador pulmonar de baixo custo foi proposto pelo médico Dr Paulo Emílio Fuganti, chefe do Serviço de Urologia do Hospital do Câncer de Londrina. A ele se uniram outros dois especialistas associados: a pneumologista Dra Janne Stella Takahara e o oncologista e homeopata Dr Luiz Wanderlei Romaniszen.  Juntos com professores e alunos do curso de engenharia mecânica da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (campus Londrina), saiu o protótipo em 3D de um equipamento que pode ter um custo final de menos de R$ 1 mil.

Em reportagem publicada na Folha de Londrina (19/06), o professor Roger Nabeyama Michels, do Departamento Acadêmico de Engenharia Mecânica da UTFPR, comentou que o equipamento foi projetado para atender necessidades de pacientes do HCL, e que o projeto utiliza tecnologias e sensores disponíveis no mercado nacional para atender as necessidades de seu funcionamento seguro.

“O equipamento possui um ambu, que vem da sigla em inglês Artificial Manual Breathing Unit (unidade manual de respiração artificial ou reanimador manual), composto por um balão, válvulas unidirecionais e para reservatório, máscara facial e um reservatório. Esse equipamento manual é integrado pela equipe da UTFPR a um protótipo feito em impressora 3D e outras peças disponíveis no mercado nacional para automatizar o processo. Tudo será controlado por tecnologias de código aberto (open source) e placas de Arduino – microcontrolador de uso universal amplamente utilizado nos mais diversos projetos de protótipos, e baixíssimo custo”.

O projeto mecânico do ventilador pulmonar de baixo custo foi desenvolvido pelos alunos Renan Poli Nakahara e Lucas Vasquez Ugolini. “Tem sido muito enriquecedor participar do projeto com este time de especialistas de diferentes áreas do conhecimento, com cada um dando sua contribuição para atingir o objetivo de construir o equipamento de baixo custo. Fazer um projeto prático é muito importante na nossa formação de engenharia, mas o mais gratificante é, sem dúvida, poder contribuir, de fato, com o nobre propósito de salvar vidas”, diz Lucas.

Fonte: Jornal AML COMUNICA Online – Inspire, expire
com informações de reportagem da Folha de Londrina

Compartilhe