Departamento de Cardiologia da AML promove aula sobre DPOC

Palestra do dia 27 de fevereiro irá debater a relação entre doenças cardiovasculares e DPOC e abordagens terapêuticas, a partir de um novo dispositivo inalatório para controle da doença

O Departamento de Cardiologia da AML promove, na quinta-feira, 27 de fevereiro, às 20 horas, uma aula sobre DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, com a pneumologista associada Dra. Larissa Marion, vice-diretora do Departamento de Pneumologia da Associação Médica de Londrina. A aula é gratuita e aberta para médicos de todas as especialidades, associados ou não, e acadêmicos e residentes associados. 

dpoc

De acordo com a diretora do Departamento de Cardiologia da AML, Dra. Luciane Cazarin, a palestra irá abordar fisiopatologia, sintomatologia, tratamento e acompanhamento do DPOC. “A incidência mundial do DPOC tem aumentado muito e repercutido negativamente especialmente entre pacientes cardiopatas.”

“Muitos cardiopatas também são DPOC e tem sido muito frequente no consultório e nas internações hospitalares o tratamento conjunto dessas patologias. Por todos esses motivos, é muito interessante promovermos um debate sobre esse tema na AML”, comenta a Dra. Luciane.

Segundo ela, o tratamento do DPOC ainda é um desafio, mas já existem medicações disponíveis para melhorar a sintomatologia e a qualidade de vida do paciente, além de evitar a progressão da doença, “que causa muito sofrimento e desfechos fatais”. 

Durante a aula, a Dra. Larissa Marion irá apresentar uma nova medicação para DPOC produzida pelo laboratório Astrazeneca, que chega ao Brasil em fevereiro. “Nessa aula, vamos abordar a relação estreita entre doenças cardiovasculares e DPOC, além da abordagem terapêutica para redução de riscos desses pacientes”, informa a palestrante.

“Existe uma alta prevalência de doenças cardiovasculares em pacientes com DPOC e as exacerbações de DPOC aumentam muito o risco de eventos cardiovasculares”, diz a pneumologista, explicando que a abordagem terapêutica inclui retirada dos fatores de risco e uso de medicações com ação broncodilatadora e anti-inflamatória.

“Os principais medicamentos utilizados no tratamento consistem em broncodilatadores e corticoide inalatório”, cita a Dra. Larissa Marion. Ela explica que o medicamento Breztri, que será apresentado aos médicos e futuros médicos durante a aula da AML, é um dispositivo inalatório que contém terapia tripla em um único dispositivo: dois broncodilatadores e um corticoide inalatório. “Essa tecnologia garante alta deposição pulmonar em pacientes DPOC”, reforça a médica.

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O que é DPOC?

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica é caracterizada por enfisema pulmonar e bronquite crônica e, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, está presente em cerca de 10,1% da população brasileira. A doença é mais comum em pessoas com mais de 50 anos de idade e está associada, principalmente, à exposição ao fumo, poluição, poeira e produtos químicos. A prematuridade e a baixa função pulmonar no início da vida adulta também são fatores de risco para DPOC. 

Os sintomas mais comuns da DPOC são:

  • Dispneia (falta de ar);
  • Tosse crônica;
  • Produção de muco (expectoração). 

É recomendado procurar um pneumologista para realizar o exame de espirometria que poderá confirmar o diagnóstico, especialmente se a pessoa for fumante ou ex-fumante. A doença é progressiva e pode ser incapacitante, levando à falta de ar e cansaço ao realizar atividades simples do dia a dia.

Uma das medidas mais importantes para evitar a doença é cessar a exposição que está causando a DPOC. Na maioria dos casos é o tabagismo. Se parar de fumar, o portador de DPOC vai viver mais tempo.

A doença não tem cura, mas pode ser controlada. O tratamento geralmente prevê o uso de um dispositivo inalatório, que pode ser spray, equipamento de névoa ou pó seco. Além disso, pacientes com DPOC precisam realizar fisioterapia respiratória e praticar atividade física para melhorar a qualidade de vida.

Atualmente, a DPOC é a quarta causa de óbitos no mundo todo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 90% dessas mortes acontecem em países de renda média a baixa, pois as estratégias de prevenção não são eficazes e os tratamentos não estão disponíveis ou não são acessíveis para todos.

No Brasil, um dos desafios é aumentar a conscientização sobre a importância da reabilitação e oferecer programas de recuperação bem consolidados para os pacientes. Um avanço importante no País foi a incorporação de Broncodilatadores Antagonistas Muscarínicos de Longa Ação (LAMA) associados a Agonistas Beta2-Adrenérgicos de Longa Ação (LABA) para pacientes com DPOC grave, muito grave e com alto risco. 

Serviço:

DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica com a Dra. Larissa Marion 

📅 27 de fevereiro (quinta-feira)

20h

📍 AML: Av. Harry Prochet, 1055

📲 Confirme sua presença: https://forms.office.com/r/gEczHkT04a

Por Comunicação AML – Infinita Escrita

 

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