Dia Nacional de Prevenção à Alergia: saiba mais sobre o trabalho do alergista

Dia Nacional de Prevenção à Alergia: saiba mais sobre o trabalho do alergista
Dra Ana Paula Juliani, diretora do departamento de Alergia e Imunologia da Associação Médica de Londrina (arquivo pessoal)

 

Em 7 de maio celebra-se o Dia Nacional de Prevenção à Alergia, uma data para lembrar sobre a importância de divulgar informações corretas sobre o tema. Você já se perguntou se precisa consultar um alergista? 

A Dra Ana Paula Juliani, diretora do departamento de Alergia e Imunologia da Associação Médica de Londrina (AML), explica que tornar um especialista nesta área demanda muito estudo, afinal, para fazer residência nesta especialidade, é preciso antes ter concluído residência em clínica médica ou pediatria. “A base clínica deve ser muito consistente, pois a alergia pode comprometer inúmeros sistemas”, explica. 

Principais alergias

Um exemplo bem conhecido são as alergias respiratórias, como asma, rinite ou sinusite. Mas as alergias também podem ser cutâneas, como dermatite atópica de contato e urticária, além de alergias alimentares, a medicamentos, imunodeficiências e doenças autoinflamatórias.  “O primeiro passo para prevenir alergias é ter um diagnóstico correto”, alerta Dra Ana Paula. 

Ela destaca que, a partir do momento em o  paciente ou médico de outra especialidade  suspeite do problema, a recomendação é o encaminhamento ao alergista para uma melhor investigação. O objetivo é não excluir da vida do paciente aquilo que foi suposto e não confirmado. “Com o melhor diagnóstico e orientações adequadas, o paciente deixará de se expor a situações de risco e terá mais qualidade de vida.”

Incidência das alergias no Brasil

A Dra Ana Paula esclarece que, no Brasil, estudos demonstram que 20% das pessoas apresentam algum tipo de alergia respiratória. Em relação a alergias alimentares, o índice é de 6% a 8% entre as crianças e 1% a 3% entre os adultos.  “Muitas alergias são crônicas e têm consequências a longo prazo. Asma ou rinite não tratada, por exemplo, podem levar a consequências futuras que prejudicam a qualidade de vida, um valor essencial hoje em dia”, esclarece.

No caso das alergias alimentares, ela alerta que a falta de um diagnóstico correto induz o paciente à restrição de alimentos que nem sempre precisam ser evitados da dieta. Por outro lado, o diagnóstico permite ao paciente alérgico evitar o risco de reações graves e até choque anafilático por alergias alimentares. 

“O paciente com diagnóstico de alergia deve ter um plano de ação emergencial para iniciar o atendimento até chegar ao pronto socorro. “A demora no inicio do tratamento de uma reação anafilática está intimamente relacionada a desfechos mais graves”, orienta. 

A especialista reforça que a alergia não tem cura, mas há tratamentos muito bem fundamentados, com muitos estudos científicos que trazem consistência aos procedimentos e podem mudar a vida do paciente alérgico.

Por: Comunicação AML – Divulga e Infinita Escrita

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