Médicos pelo Ar Limpo: movimento cidadão em defesa também da qualidade atmosférica

Primeira coalização da medicina em defesa da qualidade atmosférica e do combate à mudança climática, o movimento Médicos pelo Ar Limpo foi lançada no final de outubro, em São Paulo. A iniciativa para o movimento nacional da classe médica em defesa também da qualidade atmosférica é da Associação Médica Brasileira, sociedades de especialidades e a Associação Paulista de Medicina, em parceria com o Instituto Saúde e Sustentabilidade.

O propósito da iniciativa: embasar os gestores públicos e legisladores para suas decisões sobre os benefícios de se combater os gases poluentes e a crise climática, em prol da saúde e da economia. O ar tóxico é responsável por 10% a 11% das mortes anuais em todo mundo.

“O fim da pandemia trará de volta os níveis mais altos desse inimigo invisível. É um tema fundamental de grande ameaça à saúde humana que precisa ser discutido. Por isso, essa iniciativa tem o apoio total e irrestrito da AMB”, pontua o diretor Científico da Associação, José Eduardo Lutaif Dolci. O diretor de Responsabilidade Social da APM, Jorge Carlos Machado Curi, enaltece a formação força-tarefa médica. Segundo ele, cada vez é mais perceptível o resultado nefasto do efeito estufa e da poluição atmosférica.

Curi reitera a importância médica nesse sentido, principalmente com a visibilidade maior em decorrência do combate à pandemia de covid-19. “É uma tarefa que precisamos abraçar com muita força, tanto na prevenção, com a nossa opinião pública, quanto diagnóstico. Aqui, temos a atuação das nossas sociedades especialidades e seus tratamentos específicos, que envolvem até a reabilitação de pessoas acometidas com esse ar não definitivamente limpo como gostaríamos que estivesse”.

Para conhecer a causa e integrar o movimento – agindo hoje para a saúde do amanhã -, basta acessar o site medicospeloarlimpo.org.br onde estão também importantes informações sobre como as mudanças climáticas e a poluição do ar afetam diretamente a saúde não apenas das pessoas e animais, mais de todo o planeta.

Histórico – A iniciativa parte de um manifesto lançado em dezembro do ano passado, pleiteando a adoção de resoluções mais modernas e eficazes para a redução da emissão de gases poluentes. A carta protocolada foi direcionada ao presidente e aos ministérios da Saúde e do Meio Ambiente. “Temos várias casas: o planeta, a cidade onde moramos, a nossa própria casa e a mais importante delas – o nosso corpo humano. Do macro à pequena célula, sofremos com as emissões tóxicas no ar que respiramos”, enfatiza Evangelina Vormittag, embaixadora da iniciativa e diretora executiva do Instituto Saúde e Sustentabilidade (ISS). “No Brasil, temos apenas dez estados que monitoram a qualidade do ar. Não temos monitoramento nas regiões Norte e Nordeste, com exceção do Acre, por conta de uma iniciativa recente do Ministério Público e da Universidade Federal do Acre, que implementaram monitores de baixo custo em todos os seus municípios, trazendo talvez uma esperança de se resolver a falta de diagnóstico naquelas regiões”, informa a especialista.

Fonte: Portal AMB e site Médicos pelo Ar Limpo

 

 

 

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