Já virou tradição atribuir as cores da saúde para marcar campanhas importantes de prevenção e conscientização sobre doenças em diferentes meses do ano. As cores da saúde no mês de março são variadas: azul, lilás, amarelo e roxo simbolizam a luta pela conscientização sobre câncer do intestino (março azul), câncer do colo do útero (março lilás), endometriose (março amarelo) e obesidade (março roxo).
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Saiba quais são as cores de setembro nas campanhas de prevenção
Março Azul
O Março Azul marca o Mês de Prevenção do Câncer de Intestino. Esta doença, também conhecida como câncer colorretal, engloba os tumores surgidos na parte do intestino grosso chamada cólon e reto (localizada no final do intestino, antes do ânus) e no ânus.
São fatores de risco para o câncer de intestino: fumar, consumir alimentos ricos em gorduras saturadas, ter uma vida sedentária, consumir bebidas alcoólicas, idade superior a 50 anos, história familiar de câncer colorretal, história pessoal da doença (já ter tido câncer de ovário, útero ou mama), baixo consumo de cálcio e obesidade.
Já os sintomas que merecem sua atenção e pedem que busque atendimento médico com brevidade são: perda de peso sem ter mudado a dieta, diarreia ou prisão de ventre, sangue nas feses, gases, cólicas, vômitos, náuseas, dores na região anal ou sensação de intestino cheio mesmo após evacuação.
O tratamento poderá incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapia biológica. A escolha vai depender da localização do tumor e do estágio da doença. Quanto mais cedo iniciar o tratamento, maiores as possibilidades de cura.
Março Lilás
A campanha Março Lilás é dedicada à sensibilização sobre o câncer de colo de útero, uma doença que pode ser prevenida por meio de medidas simples e a detecção precoce. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de colo de útero figura como o terceiro tumor maligno mais frequente entre as mulheres no Brasil. Este tipo de câncer está frequentemente associado à infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), considerado a infecção sexualmente transmissível (IST) mais prevalente no mundo.
A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) reforça que a vacina contra o HPV, disponibilizada pelo SUS para meninas e meninos entre 9 e 14 anos, apresenta eficácia notável. Administrada em duas doses, oferece uma proteção potencial de mais de 70% contra os cânceres de colo do útero.
Em relação aos sintomas, é importante ficar atento a sinais como corrimento com odor distintivo ou sangramento pós-relação. Portanto, a vigilância constante, consultas regulares com o ginecologista e a adoção de métodos de barreira e vacinação são fatores de proteção essenciais.
A avaliação preventiva ocorre por meio da coleta de secreção tanto da parte externa quanto interna do colo do útero pelo exame Papanicolau. No Brasil, é preconizado iniciar esse exame a partir dos 25 anos em mulheres sexualmente ativas, quando há exposição à atividade sexual e ao vírus HPV. Após dois resultados negativos consecutivos nos exames anuais, a mulher é autorizada a realizar o exame a cada três anos, até os 65 anos, contanto que tenha apresentado dois resultados negativos nos últimos 5 anos.
Março Amarelo
O mês de março é dedicado à campanha do Março Amarelo, que visa promover a conscientização sobre a endometriose. A doença pode ser assintomática e impactar várias regiões do organismo. De acordo com informações do Ministério da Saúde, estima-se que 8 milhões de mulheres enfrentam endometriose no Brasil.
A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) reforça que a condição é frequentemente uma causa de infertilidade, afetando até 30 a 50% das mulheres com endometriose.
Devido à natureza inflamatória da doença, ela cria um ambiente adverso na pelve, podendo dificultar a fertilidade. Além disso, também pode afetar os ovários, prejudicando a ovulação e, em alguns casos, sendo uma possível causa de trabalho de parto prematuro.
Os sintomas mais comuns da endometriose incluem cólicas menstruais incapacitantes (aquelas que não melhoram com analgésicos via oral e que interferem nas atividades diárias usuais) e dor durante a relação sexual (dispareunia), dificuldade de engravidar, dores ao urinar ou ao evacuar. Entre os sinais de risco estão menarca precoce, menopausa tardia, filhas de mulheres que já tiveram endometriose, alguns fatores imunológicos e anti apoptóticos.
É importante consultar sempre o ginecologista diante de sintomas como cólica menstrual incapacitante e/ou dor durante a relação, a dor identificada no exame físico, e as descobertas suspeitas reveladas por meio de ressonância pélvica ou ultrassom transvaginal para mapeamento de endometriose.
O tratamento medicamentoso, utilizando hormônios e anti-inflamatórios, pode aliviar a dor da paciente. No entanto, nos casos de endometriose profunda, a opção preferencial é o tratamento cirúrgico minimamente invasivo, que visa a remoção de todos os focos da doença.
Março Roxo
Março Roxo é uma campanha realizada pela Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) em parceria com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia( SBEM) e a WOF (World Obesity Federation) para alertar à respeito da obesidade.
A cor foi adotada neste ano de 2024 pela WOF para chamar a atenção para gravidade desse desafio de saúde pública que é combater a escalada do ganho de peso no mundo inteiro e dar acesso a tratamento sério, baseado em evidência científica, àqueles que já têm essa doença instalada.
Hoje, mais da metade dos adultos brasileiros apresentam excesso de peso e cerca de 41 milhões já são classificados como pessoas com obesidade.
Além de apresentar a “cor da obesidade”, o foco da campanha de 2024 fica explícito em sua hashtag: #vamosfalarsobreobesidade. O objetivo é estimular todo mundo a discutir a relação da obesidade com os mais diversos temas, da área da Saúde ou não.
Por Comunicação AML – Divulga e Infinita Escrita
comunica.aml@aml.com.br
